Para deixar os irmãos Poppe felizes no céu!
13/03/2024
Duas impressões que tínhamos a respeito do Sport Club Internacional da temporada 2024 foram confirmadas por informações e fatos constatados no começo da noite de 12/03 em Brasília, onde o time joga pela Copa do Brasil:
1) O ambiente interno é muito bom (entre jogadores, comissão técnica e gestão). Todos muito entrosados, felizes de estarem juntos e confiando uns nos outros;
2) Todos estão com muita gana de darem voltas olímpicas carregando taças (do roupeiro Buiú, passando pelo elenco, até, talvez mais do que todos, os dirigentes atuais).
Sem falar na loucura da torcida, que está eufórica com as contratações e atuações do time, estamos convictos de que colheremos os frutos. Com certeza, teremos percalços pelo caminho e, certamente, sempre haverá o que corrigir. Mas, ao que parece evidente, temos uma combinação rara hoje no clube de gente talentosa, com caráter, espírito coletivo e muita vontade de vencer.
Acreditamos que as taças serão o "detalhe" que virá coroar tudo isso. Porque, assim como a bola pune, ela também sabe recompensar. Fernandão há de estar vigilante e saberá a hora de cobrar a fatura dos deuses do futebol, que, na última década, zombaram do nosso destino.
Enquanto a reconquista de títulos não se confirma, importa à gestão seguir trabalhando e à torcida, seguir acreditando. Falta ainda avançarmos, num futuro próximo, com a máxima institucionalização de processos, normas de conduta e de relacionamento no que tange a gestão do Inter, suas instâncias e seu posicionamento no mercado e no mundo do esporte.
Os irmãos Poppe já têm muitos motivos para estarem orgulhosos, lá no céu, do clube que um dia imaginaram construir. Mais do que um time de futebol, nossos pais fundadores sonharam com uma instituição que abrigasse os diferentes e suplantasse, ainda que parcialmente, a discriminação e a desigualdade, para fazer a diferença na sociedade daquele tempo.
É também disso que se trata o futebol. Vencer para representar pessoas distintas que viram uma só torcida, e levar a glória a todos os que se identificam com as suas cores, valores e atitudes, não importando sua condição ou origem.
Ser o Clube do Povo exige a consciência de uma responsabilidade imensa para quem trabalha e dirige o Internacional. É carregar o peso de dar alegrias para uma nação gigante e diversificada, feita de muitas identidades, nacionalidades, línguas, crenças e tonalidades de pele. É dar satisfação especialmente para aqueles que sofrem e não têm muito mais com o que se contentar.
Não basta, para nós, apenas ganhar os três pontos, custe o que custar (incluindo ajuda extracampo), e pronto. Como instituição social, nosso clube de futebol também precisa dar exemplos diários - para crianças, jovens e adultos -, de que a dignidade da vitória está em trabalhar duro no dia a dia, com honestidade, respeito às diferenças, cooperação e alegria. Por mais difícil que seja, é assim que se faz uma história de legítimos campeões.
A disposição para a vida, sabendo encontrá-la na diversidade e expressá-la no prazer da convivência coletiva, já é mais da metade do caminho para vencer. O Inter de hoje nos parece ter isso de sobra.
Já sabemos que, para obter grandes conquistas, precisamos sempre de todos juntos. É a nossa sina. Como diz o verso do Emicida, "tudo o que nóis têm é nóis".
Acreditamos que o Inter esteja novamente começando a construir uma história que ainda vai dar muito orgulho ao torcedor, ao amante do esporte, ao Brasil e, inclusive, aos povos da América do Sul, representados ou não no nosso elenco.
Que o legado dos irmãos Poppe e companhia nunca os decepcione, estejam onde estiverem. E que o Clube do Povo nunca abra mão da sua identidade para nos dar alegrias. A nossa hora vai chegar e, quando ela vier, que dure por bastante tempo.
Movimento Bandeira Colorada